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Cactos:

Belos e saudáveis

Originários das Américas, espécies são ornamentais e comestíveis, além de decorativas e de fácil manejo

Por Cara Carambola

 

Cactos são apaixonantes e não são poucos seus admiradores em todo o mundo. Além de ornamentais e de fácil manejo, algumas das mais de 1.400 espécies são medicinais e frutíferas, socorrem animais e pessoas em tratos medicinais e, em regiões de muita seca, estão sendo testados com sucesso em tratamento de água, além de ir muito bem na decoração de casa. No feng shui, por exemplo, os cactos estão associados à proteção e limpeza do ambiente.

 

O nome cacto vem do grego, mas a planta é originária das Américas e Caribe e ocorre desde o Canadá até a Patagônia, no extremo Sul do continente. Há variedade com cerca de 1 centímetro de altura, a Blossfeldia liliputiana, encontrada na Bolívia, mas algumas são arbustivas, podendo chegar a 20 metros de altura, como o maior deles, Pachycereus pringlei.

 

As cactáceas mais comuns, amplamente utilizadas como alimento ou medicinal são o ora-pro-nobis (Pereskia aculeata), o mandacaru (Cereus jamacaru) e a palma (Opuntia cochenillifera), esses dois últimos sobretudo no Nordeste brasileiro, na alimentação de animais de criação durante as secas, mas também na culinária tanto brasileira de várias regiões como na boliviana, peruana ou mesmo indígena (clique aqui e confira uma receita de omelete com ora-pro-nobis)

 

As três espécies possuem belas flores, muito decorativas (na foto ao lado, as flores do mandacaru e palma). O ora-pro-nobis, por ser do tipo trepadeira, também é utilizado em cercas vivas.

 

Figo-da-Índia

 

O figo-da-índia, a fruta da palma, tem sido comercializado em varejões, mas seu consumo data de cerca de 9 mil anos. Além de ter propriedades medicinais, entre elas adstringente, antiasmática, antidiarréica, vermífuga, digestiva ou diurética, entre outras, a fruta é rica em açúcar e com boas quantidades de potássio, magnésio, cálcio e de vitaminas A, B1, B2 e C.

O figo-da-índia é consumido cru, como qualquer outra fruta, mas também pode ser preparado em compotas e doces, além de bebidas, como licor. Além da fruta, a flor da palma também é utilizada, em infusão, em tratamentos de pele.

 

Já o mandacaru é alimento para o gado e outras criações, e vem sendo testado no Paraná como elemento no tratamento de água. De acordo com pesquisa da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), os polímeros naturais extraídos do mandacaru permitem reduzir em mais de 50% a utilização de elementos químicos, com o sulfato de alumínio, na decantação de sedimentos. O processo natural reduz a poluição do lençol freático.

 

Floricultura

 

A maior parte das variedades de cactos encontradas nas floriculturas, como na loja Cara Carambola, e estritamente ornamentais, ocorrem originalmente nos estados de Santa Catarina e Paraná, embora atualmente já sejam cultivados em outras regiões.

 

 

As variedades são de fácil cultivo, mas necessitam cuidados próprios. Confira algumas dicas:

 

Cultivo: melhor ao sol, ventilado e em terra muito bem drenada para não enxarcar - um modo fácil para drenar a água é colocar pedras ou bolas de argila no fundo do vaso ou mesmo da cova, no caso de ser plantado no chão. Cactos não gostam de água e umidade.

 

Vaso: deve-se misturar a terra com areia em uma proporção de 3 partes de areia para 1 de terra.

 

Jardim: escolha um lugar bem drenado (com cascalho, pedras ou argila no fundo da cova) e mais alto para não acumular água de chuva ou regas, por exemplo.

 

Luz: as variedades que ocorrem em florestas tropicais precisam menos sol, enquanto as de deserto, exigem muito sol.

 

Regas: água demais, apodrece os cactos, então, regue pouco. Para plantas que estejam diretamente no sol, a rega pode ser feita uma vez por semana. Já para pouca insolação, aumente o intervalo, por exemplo, de duas em duas semanas. A observação da planta é importante para ajustar as regas.

Ora-pro-nobis: confira omelete com esta bela cactácea na seção Receitas, aqui.

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