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Crianças estão expostas a riscos de doenças crônicas, mostra pesquisa

Estudo desenvolvido com 1.054 meninos e meninas entre 7 e 10 anos aponta fatores de risco, como sedentarismo, má alimentação e tempo de tela

Por Cara Cararmbola

 

Uma pesquisa com 1.054 crianças entre 7 e 10 anos apontou a prevalência de vários fatores de risco à saúde (FRS). Muitas horas em frente à televisão ou outros eletrônicos, pouca atividade física, alimentação inadequada e horas de sono insuficientes estão entre os fatores que segundo apontam médicos podem desencadear doenças crônico-degenerativas na idade adulta. Essas doenças são responsáveis pela maior parte das mortes acima de 25 anos, entre elas problemas cardiovasculares e câncer.

 

O estudo feito em Curitiba (PR), com crianças que estudam de manhã e à tarde em escolas públicas e particulares, foi desenvolvido por uma equipe do programa de doutorado em Educação Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Para chegar a um resultado, a pesquisa cruzou o nível de atividade física (suficiente ou insuficiente), tempo de tela (menos ou mais de 2 horas por dia de uso de televisão e outros eletrônicos) e horas de sono (menos de dez horas).

 

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Em termos genéricos, a pesquisa concluiu uma elevada constante de dois ou mais fatores de riscos, que se relacionam também com variáveis sociodemográficas (sexo, classe social etc.). Praticamente não há diferenças entre os sexos,  por exemplo, no excesso de peso corporal devido à má alimentação e sedentarismo, o que atinge 31% (327) das crianças avaliadas.

 

Uma diferença entre os sexos aparece no nível de atividade física, no qual as meninas foram mais classificadas como insuficientemente ativas do que meninos, 39,1% contra 27,7%, respectivamente. Como uma espécie de reflexo da baixa atividade física, as meninas ficaram na dianteira no quesito tempo de tela maior que 2 horas, 47,1% contra 41,6%. A dianteira feminina também se repete em horas de sono insuficientes – em média, 41% das meninas dormem menos que 10 horas, contra 38,1% dos meninos.

 

Ao verificarem a presença simultânea de FRS nos alunos, os pesquisadores constataram que 59,4% (626 alunos) apresentam três ou mais fatores; 35,1% apresentam dois fatores e apenas 5,5% estão livres de qualquer risco.

 

Os alunos de escolas particulares apresentaram maior proporção de três ou mais fatores de risco em relação aos de escolas públicas – foram 34,6%, 365 alunos; alunos do turno da tarde (35,7% ou 376 crianças) também apresentaram maior prevalência para fatores de risco do que os do turno da manhã. Por fim, são as meninas as mais suscetíveis a agregarem fatores de risco.

 

A pesquisa foi desenvolvida por Rosimeide Francisco Santos Legnani , Elto Legnani, Michael Pereira da Silva, Guilherme da Silva Gasparotto, Eliane Denise Araújo Bacil e Wagner de Campos. O estudo pode ser acessado aqui.

 

 

Movimente a criançada com Cara Carambola:

 

 

 

 

 

 

 

 

Tempo de tela: mais de

2 horas na frente de

televisores, games

ou computadores

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