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Caminhada é melhor quando associada a outras atividades

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Estudo de pesquisadores da USP e Unesp mostra que efeito da caminhada isolada é limitado; associar outras atividades físicas potencializa benefícios gerais para adultos e idosos

 

Por Aray Nabuco

Para Cara Carambola

 

A caminhada pode trazer benefícios limitados quando feita isoladamente e sem supervisão. Estudo publicado ano passado por pesquisadores em saúde e educação física da USP e Unesp, aponta que os benefícios da caminhada isolada e sem orientação se limitam praticamente a apenas uma das adptidões físicas, a capacidade aeróbica. Já, quando associada a outros exercícios, o conjunto de atividades potencializa os benefícios para outras aptidões, como força muscular, coordenação, fleixibilidade, equilíbrio e níveis de colesterol, pressão arterial, entre outros.

 

O estudo feito pelos pesquisadoers Atila A. Trapé, mestre em saúde na comunidade da USP-Ribeirão Preto; Ana L. Sacardo e Adriele F. Cássia, ambas professoras de Educação Física também na USP e Henrique L. Monteiro e Anderson S. Zago, ambos do Departamento de Educação Física da Faculdade de Ciências da Unesp-Bauru, obteve os melhores resultados quando a caminhada foi associada a outras atividades físicas. Os pesquisadores avaliaram um grupo de 225 homens e mulheres, entre adultos e idosos, divididos em grupos de sedentários, dos que só caminham, que caminham e fazem uma outra atividade extra, e os que caminham e fazem duas outras atividades físicas. Todos foram avaliados em bateria de testes de aptidão física (AAHPERD), responderam a questionário internacional de atividade física (Ipaq, na sigla em inglês), pressão arterial, perfil lipídico e composição corporal.

Resultados

 

Os resultados do estudo apontam que o grupo que pratica caminhada e outras duas atividades físicas extras, obteve mais benefícios gerais que o grupo de sedentários e os que apenas caminham. No Índice de Aptidão Física Geral (IAFG), os sedentários ficaram em um nível pouco acima de 200 na escala IAFG; os que apenas caminham ficam pouco acima, cerca de 280, enquanto o grupo que caminha e faz outras duas atividades extras, chega a um índice de quase 350 na escala.

 

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As taxas de triglicérides e colesteroal total também apresentaram diferenças. Sedentários tiveram o pior resultado (190 mg/dL de colesterol), seguidos dos que apenas caminham (cerca de 188 mg/dL), dos que praticam caminhada e mais uma ou duas atividades extras (ambos ficaram em torno de 180 mg/dL). Nos níveis de triglicerídeos, os sedentários somaram cerca de 140 mg/dL; os que apenas caminham, cerca de 110 mg/dL e os que caminham e fazem outras atividades físicas, em torno de 100 mg/dL. Os testes ainda avaliaram os niveis de oxigênio e massa corporal, repetindo os resultados (os melhores índices foram obtidos pelos que associam outras atividades à caminhada).

 

Orientação

 

Caminhar sem orientação e mesmo calçados adequados pode provocar outros problemas físicos, como distenções ou lesões nos joelhos. A caminhada sozinha, lembram os autores do estudo, pode trazer mais benefícios quando feita com orientação quanto à intensidade, distância e frequência. Ainda assim, os autores reforçam que os melhores benefícios gerais para adultos e idosos obtém-se quando a caminhada é associada a outras atividades. Para eles, recomendar atividades físicas extras deveria ser incorporado pelos profissionais de saúde.

 

O estudo foi publicado na Revista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (volume 47, número 4, de outubro/dezembro de 2014) e pode ser acessado completo aqui (último acesso em 21/02/2015).

 

 

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