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Brincadeira também é folclore!

 

De boca em boca, nas praças, nos parques, nas ruas, nos quintais das casas, as antigas brincadeiras se mantêm vivas. Rica cultura imaterial, são consideradas por muitos - a despeito de suas origens mais diversas - parte do folclore brasileiro, um importante elo de transmissão de hábitos e costumes. 

 

 

Com as mãos

Duas pessoas batem as mãos em sequências combinadas, acompanhando o ritmo da música. Uma muito popular é a "Adoleta". As sequências podem ser com as mãos espalmadas juntas, alternadamente, intercaladas com palmas etc.

 

Soltar papagaio

A brincadeira já começa na confecção do brinquedo, com papel de seda, linha e varetas finas de bambu. Depois, é só esperar o vento e colocar o papagaio para voar. Também é chamado de pipa ou maranhão, dependendo do modelo e da região de origem. Além de empinar o papagaio, as crianças também podem treinar suas habilidades para fazer manobras no céu.

 

Esconde-esconde

Uma criança esconde o rosto (bate cara) e conta alto até um número combinado enquanto as outras se escondem. O objetivo é procurar e achar todas as crianças. Quando uma criança é encontrada, quem contou deve voltar ao local onde estava, bater com a mão e dizer "(nome da pessoa) pego/a, 1, 2 3". Se a criança achada conseguir chegar antes e disser "(nome da pessoa) salvo/a", ela não é considerada pega. Depois que todos são encontrados, a brincadeira recomeça e a primeira criança que foi pega vai "bater cara".

 

Pega-pega

Ganha quem for mais rápido e ágil para escapar do pegador. Uma criança é escolhida (pode ser no dois-ou-um, no palitinho, no joquempô) para pegar as outras. Assim que uma criança for tocada, ela passa a ser o pegador. Os participantes podem escolher um lugar para ser o "pique", que será o local em que as crianças que estão correndo do pegador poderão ficar a salvo por um período de tempo combinado.

 

Bolinha de gude

As crianças fazem buracos no chão em um determinado circuito e têm de acertar bolinha feitas de vidro neles. Ao mesmo tempo, devem afastar as bolinhas do outro jogador dos alvos. As bolinhas são colocadas entre os dedos para serem atiradas. É um jogo que requer muita habilidade, pontaria e estratégia.

 

Cavalo de Pau

Muitas vezes o cavalo de pau nada mais é do que uma vassoura velha usada pelas crianças como se fosse o animal. Alguns têm o pau de vassoura como corpo e carinhas de tecido.

 

Ciranda

As crianças dão as mãos e formam uma roda. Enquanto vão girando, cantam uma música e seguem os movimentos propostos na letra: "Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar/ vamos dar a meia volta/ volta e meia vamos dar/ o anel que tu me destes era vidro e se quebrou/ o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou/ por isso, dona Maria (pode trocar pelo nome de uma das crianças, seguindo sequência pela ordem da roda) faz favor de entrar na roda/ diga um verso bem bonito, diga adeus e vá-se embora (a criança chamada entra na roda, declama e depois volta ao seu lugar, recomeçando novamente a ciranda)".

 

O mestre mandou

Uma criança é escolhida para ser o mestre. As demais devem fazer tudo o que ele mandar (por exemplo: pular em uma perna só, ficar parado como estátua, imitar um animal etc.).  

 

Bobinho

Duas ou mais crianças jogam bola uma para a outra, enquanto uma terceira (escolhida previamente) fica no meio e tenta pegar. Se o bobinho conseguir pegar a bola, ele se torna pegador e quem errou será o bobinho.

 

Corre cotia

As crianças ficam sentadas em círculo no chão e apenas uma permanece em pé com algo na mão (pode ser uma pedrinha, um graveto). Ela corre contornando o círculo enquanto canta uma música. Quando termina de cantar, deixa o objeto atrás de um dos participantes, que deve correr atrás dela e pegá-la antes que se sente no lugar que ficou vazio na roda. Se não conseguir, ele cantará na próxima vez. Uma das versões da música cantada: "Corre cotia pra casa da tia/ Corre cipó pra casa da vó/ lencinho branco caiu no chão/ Posso pôr?/ Pode, sem demora/ antes que o ovo estoure/ na panela de amora". 

 

Boneca de pano

Feitas de retalhos, com rendas e fitas ou confeccionadas com uma velha meia, as bonecas encantam crianças há muitas e muitas gerações.

 

Pião

Tradicionalmente o pião é feito de madeira, com um barbante (também chamado de fieira) que deve ser enrolado ao redor do brinquedo e entre os dedos do jogador para depois ser puxado e fazê-lo girar no chão. Os mais habilidosos fazem giram o pião na palma da mão, entre outros malabarismos.

 

Morto-vivo

Uma criança é escolhida para comandar o grupo: quando diz "morto", as outras se abaixam e, quando diz vivo, as crianças levantam. Quem errar sai do jogo. Ganha quem ficar por último.

 

 

Folclore, pipa, pandorga, papagaio

As obras que ilustram essa página são do artista

Ivan Cruz, que já retratou em mais de 500 quadros centenas de brincadeiras que marcaram sua infância.

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Outras: amarelinha, pular corda, peteca, cinco marias, cabo de guerra, pular elástico, ioiô, passa anel, bilboquê, telefone de lata, cama de gato, cabra cega, perna de pau, pé de lata, mamãe da rua, pula carniça, bilboquê, vira lata

 

O Dia do Folclore,

22 de  agosto,

foi oficialzado pelo Congresso

Nacional em 1965.

VOCÊ SABIA?

Na Cara Carambola tem:

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